top of page

Apendicite Aguda - Apendicectomia

O que é a Apendicite Aguda ?

 

A apendicite aguda é à inflamação do apêndice cecal, que é uma pequena estrutura localizada no lado direito do abdômen e está ligada ao intestino grosso.

 

Essa inflamação acontece devido à obstrução do órgão principalmente por fezes, resultando em sintomas como dor abdominal, febre baixa e náuseas.

 

Devido à obstrução, pode ainda haver a proliferação de bactérias, caracterizando também um quadro infeccioso que caso não seja tratado corretamente pode evoluir para perfuração do apêndice cecal e sepse  (infecção generalizada através do sangue), além de por peritonite (infecção da camada protetora dos órgãos internos).

 

A sepse pode acontecer pois o apêndice é parte do intestino grosso, então, matéria fecal pode acabar dentro a cavidade abdominal e na corrente sanguínea.

​

No caso de suspeita de apendicite, é importante ir ao hospital o mais rápido possível, pois pode haver a perfuração do apêndice, caracterizando a apendicite supurativa, que pode colocar o paciente em risco. 

​

apendice cecal

Apêndice cecal e intestino grosso

Quais são os sintomas da apendicite ?​

​

A apendicite dá diversos sinais, sendo o principal deles a dor abdominal na região do órgão. A inflamação do apêndice pode causar:

 

Dor abdominal: A dor abdominal da apendicite pode começar sem localização precisa, mas logo se foca na região direita inferior do corpo, onde fica o apêndice. As dores localizadas são agudas e se intensificam com movimento ou pressão na região, além de atingirem um pico de dor entre 12 e 18 horas após o início dela.

 

Náuseas e vômito:  A inflamação causa náusea e vômitos. Em alguns casos, mesmo que a pessoa já esteja de estômago vazio, ânsias podem acontecer.

 

Perda de apetite: O apetite fica comprometido durante a inflamação do apêndice, o que também é dificultado pelas náuseas e vômitos já que qualquer ingestão pode acabar sendo regurgitada.

 

Barriga inchada: A barriga pode ficar inchada por conta de acúmulo de gases no intestino ou mesmo fora dele, caso haja um rompimento do apêndice.

​

Febre: A febre aparece quando o sistema imunológico está agindo contra infecções e inflamações, e pode surgir em decorrência de uma apendicite. Geralmente é baixa 38ºC. 

 

 

Na ocorrência desses sintomas, procure atendimento médico cirúrgico de urgência, para uma avaliação especializada.

​

​

Diagnóstico

 

Muitas vezes o diagnóstico da apendicite pode ser feito clinicamente, isto é, através da história clínica, sintomas e exame físico com a palpação do abdome por um clínico geral, gastroenterologista, cirurgião geral ou cirurgião do aparelho digestivo.

​

Exames

​

Algumas vezes o médico pode necessitar pedir alguns exames para confirmar o diagnóstico, especialmente quando os sintomas não são clássicos:

  • Exame de sangue: permite avaliar a quantidade de células brancas, que ajudam a confirmar a presença de uma inflamação no corpo;

  • Teste de urina: ajuda a confirmar que os sintomas não estão sendo causados por uma infecção urinária;

  • Ultrassom abdominal ou tomografia computadorizada: permitem observar a dilatação e inflamação do apêndice.

​

Tratamento

​

A única forma de tratamento para apendicite aguda é o tratamento cirúrgico, através de uma operação chamada de apendicectomia. Nesta cirurgia o apêndice todo é removido Esta operação é muito simples, principalmente se a doença encontrar-se em um estágio incial.
 

Existem duas maneiras de realizar a cirurgia:
 

1. Incisão ou corte (Cirurgia convencional)
 

2. Videocirurgia ou laparoscopia (“Técnica dos furinhos”)​

​

Caso o apêndice não seja removido, pode ocorrer o seu rompimento, conhecida por apendicite supurada, aumentando a possibilidade de libertar bactérias no abdômen e levar à ocorrência de peritonite e formação de abcessos no abdome.

​

abdome agudo

cirurgia convencional

cirurgia laparoscópica

1. Incisão ou corte (Cirurgia Convencional)

 

Essa técnica é simples e pode ser utilizada com anestesia raquidiana (anestesia nas costas). A operação é iniciada com uma incisão (corte) de cerca de até 10 cm na região inguinal (parte inferior da barriga). O tamanho do corte depende de vários fatores. Nas crianças e pessoas magras é geralmente menor e nos obesos maior. 



​

anatomia

2. Videocirurgia (Cirurgia Laparoscópica)

 

Através da videolaparoscopia pode-se facilmente realizar a apendicectomia. Esta operação é realizada com anestesia geral. Inicialmente, é injetado gás (gás carbônico) na parede do abdome para poder criar um espaço, onde o cirurgião poderá fazer a operação com segurança.

 

A cirurgia é realizada através de 3 furinhos de meio a um centímetro, na parte de baixo de seu abdome. Através de um dos furinhos é colocado a câmera de vídeo para visualização e realização da cirurgia, com instrumentos especiais. 

​

O cirurgião e sua equipe podem visualizar os órgãos internos e o apêndice inflamado em um monitor de televisão. Com esses equipamentos o apêndice é removido.

​

videolaparoscopia

Vantagens da operação por videocirurgia

 

  • Recuperação rápida do paciente. Em casos iniciais pode ser possível a alta hospitalar no mesmo dia da operação ou ficar internado no hospital de 12 a 24 horas e pode retornar ao trabalho e realizar todas as atividades, que não necessitem erguer muito peso, em 1 ou 2 semanas.

 

  • Resolução completa e definitiva da doença.

 

  •  Pouca dor pós-operatória.

 

  •  Cicatriz cirúrgica mínima.

 

  • Risco de infecção pequeno.

​

​

Complicações

 

Apesar dos resultados do tratamento cirúrgico serem excelentes, alguns pacientes podem ter complicações, como em qualquer procedimento cirúrgico. 

​​

Quando a apendicite não é tratada adequadamente, o apêndice pode acabar rompendo e causando duas principais complicações:

​

  • Peritonite: é a infecção do revestimento do abdômen por bactérias, que pode causar danos sobre os órgãos internos. Alguns sintomas que podem indicar uma peritonite incluem mal estar geral, aumento da febre, inchaço da barriga e sensação de falta de ar;

​

  • Abscesso abdominal: acontece quando o apêndice rompe e o pús se acumula ao redor, causando o surgimento de uma bolsa preenchida por pús;

​

  • Hemorragia ou Sangramento;

​

  • Obstrução intestinal;

​

  • Sepse, que é a infecção em todo organismo.

 

Essas situações são graves e podem colocar a vida em risco. Por esse motivo o tratamento deve ser feito o mais rápido possível. Muitas vezes, o tratamento inclui a cirurgia e o uso de antibióticos diretamente na veia para combater a infecção por bactérias.

Além disso, se existir abscesso, o médico pode precisar inserir uma agulha através da barriga para retirar o excesso de pús antes de operar.

​

Atenção: se você apresentar esses sintomas, não perca tempo, procure o seu médico imediatamente. Esta complicação necessita de operação de emergência.

​​

  * Converse com seu médico em caso de dúvidas ou preocupações.

​

​

Orientações Pós-Operatórias

​

1. A recuperação da operação é geralmente muito rápida e a maioria dos pacientes volta as suas atividades normais em poucos dias. As orientações abaixo devem ser seguidas pra que você tenha pouco desconforto e sua recuperação ocorra sem intercorrências.

​

2. Não tem dieta especial. Você pode comer ou ingerir qualquer alimento que você queira, inclusive alimentos sólidos. Alguns pacientes podem apresentar náuseas e vômitos no primeiro dia após a operação devido aos medicamentos e anestésicos recebidos. Se você tiver náuseas e vômitos, ingira somente líquidos em pequenas quantidades de cada vez.

   

3. Estes sintomas geralmente desaparecem em 1 ou 2 dias, após o organismo eliminar os medicamentos recebidos no hospital. Se as náuseas e vômitos persistirem após este período, procure seu médico.

  

4. Os cortes ou furinhos serão fechados com pontos e cobertos com curativo (micropore). É comum que ocorra hematoma (“azulado” ou “roxo”) ou pequenos sangramentos. Isto é normal. Não se preocupe. Não retire o micropore, a menos que o seu médico o oriente neste sentido. Pode tomar banho completo e molhar o micropore. Seque o abdome normalmente com toalha, sem necessidade de cuidados especiais com os cortes. Entretanto, se o corte tiver aparência de infecção (vermelho, com secreção de pus ou com cheiro forte), contate seu médico.

   

5. Respire fundo 3 vezes a cada hora para expandir melhor o seu pulmão e evitar complicações como febre e pneumonia.

   

6. Evite ficar muito tempo deitado ou sentado. Procure andar várias vezes ao dia. Pode andar e subir escada. Não tem perigo. Assim que você tiver se movimentando rapidamente e com pouca dor, poderá dirigir. Você poderá erguer até 10 kg no primeiro mês de pós-operatório e até 20 kg entre o primeiro e terceiro mês. Após este período você não tem mais limitações para erguer peso.

   

7.  Em caso de dúvidas ou apresente alguma alteração, procure o seu médico.

LEMBRE-SE: 

​

Este site foi desenvolvido para oferecer um melhor entendimento e tirar algumas dúvidas sobre os tratamentos realizados pelos profissionais da Clínica Cirúrgica Chapecó.

​

Tem por objetivo orientar todos os pacientes que irão se submeter aos tratamentos, e com isto, ajudar com que o período de preparo, realização do procedimento ou tratamento, pós-operatório hospitalar ou na clínica e em casa seja o mais breve para a recuperação plena do paciente.

 

As informações deste site não pretendem, em hipótese alguma, substituir a opinião de um médico qualificado. Nem todos os detalhes estão aqui descritos. No entanto este site pode ajudá-lo a tirar algumas dúvidas e entender melhor este período. Atenção: nenhuma conduta deve ser tomada sem orientação médica. 

​

Para maiores informações, consulte seu médico

bottom of page