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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 

Consulta com Nutricionista: Na consulta individual, o paciente será avaliado quanto ao estado nutricional, hábitos alimentares (freqüência alimentar, tempo de mastigação, tempo de duração das refeições, qualidade e quantidade de alimentos), para que o paciente se sinta mais seguro quanto à quantidade necessária para o estômago neo formado, evitando assim desconfortos nos pós-operatórios, como episódios de vômitos.

Receberá também em consulta nutricional, toda orientação para sua alimentação pós-cirúrgica, do período de um mês, após alta hospitalar.

 

Sendo assim, no pós-operatório serão evitados eventuais desconfortos, a redução de peso será favorecida e será prevenida a manutenção do estado nutricional.

 

Uma alimentação balanceada e equilibrada nada mais é do que comer de tudo, com variedades para alcançar esse equilíbrio.

 

Há diversos grupos de alimentos e dentro desses grupos existem sempre alternativas mais saudáveis. No grupo dos cereais, composto por pães, massas, cereais matinais dê preferência aos integrais, pois contém maior quantidade de fibras. De 50 a 60% do que comemos deve ser composto por este grupo. Vegetais e frutas devem ser consumidos freqüentemente (5 porções/dia).

 

As carnes também devem ser ingeridas diariamente, sem excesso. o consumo de peixes, ricos em ômega-3, pode ser um protetor contra doenças cardíacas.  Deve-se ingerir 2 a 3 porções de leite e derivados por dia, dando preferência ao leite desnatado e ao queijo branco. 

 

Outras recomendações: evitar as frituras, comer de tudo com moderação, reduzir sal, conservas e produtos enlatados, evitar comer pouco ou muito de um único alimento, não permanecer muitas horas em jejum, mastigar bem os alimentos, comer calmamente, fazer refeições sentados à mesa, não comer assistindo tv ou na frente do computador. 

 

Quando esse equilíbrio nutricional não ocorre, aliado á uma vida sedentária, as facilidades da vida moderna, cheia de escadas rolantes, controle remoto, aliadas ainda aos “fast foods”, entre outros fatores, estes se tornam ingredientes que contribuem para aumentar a incidência da obesidade.

 

No caso da Obesidade Mórbida, todos esses conselhos e orientações são relevantes, porém nem sempre suficientes.

 

Nesse caso, a cirurgia bariátrica é uma alternativa de tratamento com ótimos resultados, melhorando a qualidade de vida.

 

A orientação alimentar no caso da cirurgia bariátrica, tem um papel importante tanto no período pré quanto no pós-operatório, pois auxilia no preparo para a cirurgia E ORIENTA AS MUDANÇAS QUE OCORRERÃO APÓS A OPERAÇÃO, onde a dieta deverá ser evoluída gradativamente.

Orientação Nutricional

 

Acompanhamento Nutricional

 

O nutricionista tem papel fundamental no acompanhamento do paciente rumo ao tratamento da obesidade. Esse profissional deverá prestar toda a orientação necessária para a dieta líquida pós-operatória, sua evolução para a pastosa e, finalmente, sua transição definitiva para a alimentação normal. O paciente deverá aprender a comer pouco e bem, várias vezes ao dia, e optar por alimentos pouco calóricos e com alto teor vitamínico, abandonando hábitos nocivos. 

 

A reeducação alimentar ajudará não só a perder peso, mas também a mantê-lo em patamares adequados por toda a vida. O paciente não está proibido de consumir doces, refrigerantes ou outras guloseimas de vez em quando, porém esses alimentos não devem fazer parte de sua rotina e a quantidade deve ser controlada.

alimentação saudável

Acompanhamento nutricional pós-operatório

 

Planejamento alimentar após a cirurgia bariátrica:

 

O Guia Alimentar utilizado em pacientes bariátricos é justamente a pirâmide bariátrica, proposta por Violet Moizé em 2013, que determina o uso de suplementos alimentares, ingestão de água e chás claros e atividade física como base de comportamento. Prioriza as proteínas tanto ricas em ferro como ricas em cálcio, como primeiro alimento a ser ingerido, seguido de vitaminas e minerais advindos de frutas e vegetais.

 

Em consumo moderado o uso de carboidratos, preferencialmente os integrais e o que deve ser evitado ao máximo são bebidas alcoólicas, gaseificadas, doces e gorduras em geral.

Evolução da consistência alimentar – Fases da Dieta:

 

Como a capacidade gástrica está reduzida, como na gastroplastia com derivação em Y Roux em torno de 50ml e na Manga Gástrica ou Sleeve em torno de 100ml, as dietas hipocalóricas são uma rotina. Porém estas dietas, se utilizadas por um tempo prolongado podem causar deficiências nutricionais se não forem bem conduzidas.

 

1ª fase – DIETA LÍQUIDA

 

Esta fase compreende as duas primeiras semanas após a cirurgia e caracteriza-se como uma fase de adaptação.

 

A alimentação é liquida e constituída de pequenos volumes (em torno de 50 ml por refeição a cada 30 minutos) e tem como principal objetivo o repouso gástrico, a adaptação aos pequenos volumes e a hidratação. Como consequência da alimentação liquida, a perda de peso chega a ser de 10% em média nos primeiros trinta dias, devendo-se introduzir o uso de complementos nutricionais específicos para evitar carências de vitaminas e de minerais.

 

O uso de suplementos nutricionais em pó devem ser iniciados desde os primeiros dias da dieta líquida.

 

A intolerância à lactose pode acontecer em alguns pacientes podendo gerar náuseas, vômitos e diarréia. Nestes casos a lactose deve ser excluída da dieta líquida.

2ª fase- DIETA PASTOSA

 

Nesta fase ocorre a inclusão de alimentos na consistência de cremes e purês. O objetivo principal é manter o repouso gástrico e iniciar a transição para dieta branda, onde mastigação exaustiva deverá ocorrer. O tempo médio de duração é de 7 a 10 dias.

 

O consumo de líquidos deve ser sempre estimulado nos intervalos das refeições, em pequenos volumes.

 

O paciente deve ser orientado a sempre começar sua refeição pela fonte de proteína, bem como identificar possíveis intolerâncias alimentares, na medida que os diferentes alimentos são incluídos na dieta.

 

3ª fase – DIETA BRANDA – alimentos cozidos

 

Após a dieta líquida, evolui-se para uma fase com alimentos bem cozidos, que demandam muita mastigação.

 

Inicia-se uma etapa onde a seleção dos alimentos é de fundamental importância pois, considerando que as quantidades ingeridas diariamente continuam muito pequenas, deve-se dar preferência aos alimentos mais nutritivos escolhendo fontes diárias de proteínas e ferro como carnes moídas e desfiadas, cálcio (leite e derivados) e vitaminas (frutas e vegetais cozidos).

 

O paciente deverá receber um treinamento para reconhecer quais são os alimentos mais ricos nestes nutrientes de forma a ficar mais independente para escolher as principais fontes de minerais e vitaminas encontradas nas suas refeições diárias. Como a alimentação passa a ser mais consistente deve-se mastigar exaustivamente. A duração desta fase é em média de quinze dias.

4ª fase – DIETA GERAL (normal)

 

Nesta fase a alimentação evolui gradativamente para uma consistência ideal para uma nutrição satisfatória. Geralmente ocorre a partir do 1º mês após a cirurgia quando, quase todos os alimentos começam a ser introduzidos na alimentação diária. O cuidado com a escolha dos alimentos nutritivos deve continuar, pois, as quantidades ingeridas diariamente continuam pequenas. Nesta fase o paciente pode ser capaz de selecionar os alimentos que lhe tragam mais conforto, satisfação e qualidade nutricional. Escolher carnes na forma de bifes, filés, assados, cozidos ou grelhados, leite e derivados com baixo teor de gordura, frutas em geral, vegetais folhosos crus ou refogados, grãos como feijões, lentilhas, ervilhas e cereais integrais, ou seja, uma alimentação completa.

 

A evolução nutricional deve ser lenta e progressiva, dependendo da tolerância individual podendo variar bastante de um paciente para outro. Normalmente os pacientes mais ansiosos, que não reaprenderam o processo de mastigação lenta, tendem a sentir desconforto e até vômitos dependendo do tipo de alimento utilizado. Estes demoram mais para evoluir para as consistências desejadas e consequentemente o valor proteico e calórico, e necessitam de mais atenção da equipe multiprofissional. O reaprendizado da mastigação e deglutição lentas são fatores determinantes para uma boa digestão, em especial no paciente bariátrico.

 

Caso o paciente persista com dificuldade de progressão da dieta, após as orientações do profissional da nutrição, uma avaliação mais aprofundada da função mastigatória deveria ser realizada. Nesse caso, o encaminhamento para o fonoaudiólogo seria importante, principalmente com os usuários de prótese dentária parcial ou total

 

Suplementação nutricional após a cirurgia bariátrica

 

Após a cirurgia bariátrica as deficiências nutricionais podem ocorrer pela menor ingestão de alimentos, devido à redução do estômago, e/ou pela diminuição da absorção dos nutrientes – as quais podem variar conforme o tipo de cirurgia.

 

A dieta individualizada e bem orientada é a maneira mais adequada de manter os nutrientes em em níveis desejáveis. No entanto, em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, a restrição do tamanho do estômago, o desvio intestinal e algumas intolerâncias alimentares justificam a utilização da suplementação nutricional. Portanto, a utilização de uma dosagens diárias adequadas de polivitamínicos/minerais é a forma de garantir esse aporte.

 

Essa reposição é realizada nos meses iniciais, na maioria dos casos, por suplementos em forma de pastilhas e/ou em pó solúveis devido à restrição inicial à comprimidos e cápsulas, existindo também a possibilidade de diluição do comprimido em liquidos; em geral, após 60-90 dias de cirurgia o uso de comprimidos e cápsulas é permitido. Esse suplemento deve conter 100% ou ao menos 2/3 das necessidades diárias, com a finalidade da prevenção das deficiências nutricionais. Através do acompanhamento de rotina com equipe multidisciplinar será avaliado a necessidade de uma suplementação específica de algum nutriente isolado, caso seja necessário.

 

De uma forma geral, as deficiências nutricionais mais comuns na cirurgia bariátrica são: proteína, ferro, zinco, cálcio, vitamina D e vitaminas do complexo B.

 

Os sinais e sintomas que geralmente podem ocorrer destas deficiências são: queda de cabelo, unhas quebradiças, anemia, fraqueza, cansaço, pele ressecada, “formigamento” das extremidades (braço/mãos e pernas/pés), e algumas vezes déficit de memória.

 

Orientações Nutricionais sobre as necessidades de Proteínas após Cirurgia Bariátrica

 

As proteínas são encontradas nos alimentos de origem animal (carnes, leite e derivados e ovos), vegetal (leguminosas, castanhas, amendoim) e suplementos nutricionais. Elas são de extrema importância para o bom funcionamento do nosso organismo. Muitos pacientes deixam de ingerir carnes nos primeiros três meses de cirurgia e acabam preferindo apenas alimentos líquidos (o que faz parte de uma conduta errada). A aversão à carne pode levar à deficiência de proteínas, ferro, vitamina B12, selênio e zinco. Este problema é comum após a gastroplastia e na maioria das vezes acontece pela falta de mastigação, ou pela falta de cozimento, ou pelo tamanho em que a carne (porção) é levada a boca. Sendo assim, quando não for possível ingerir carne moída, frango e peixe cozido, outras fontes de proteínas são necessárias e obrigatórias.

 

As necessidades de proteínas de um indivíduo são definidas como o menor nível de ingestão de proteína da dieta que irá contrabalancear os gastos orgânicos nesse mesmo período de tempo. A taxa média diária do adulto, de proteína renovada é da ordem de 3% do total de proteína do organismo. Na pele perdem-se e renovam-se 5 gramas de proteínas por dia, no sangue 25 gramas, no trato intestinal cerca de 70 gramas e no tecido muscular ao redor de 75 gramas, por dia. Em função de todas estas propriedades protêicas, qual seria a quantidade ideal de proteínas por dia após a cirurgia? A resposta é 80 gramas para as mulheres e 100 gramas para os homens. Já a quantidade mínima, aceitável, de proteínas seria de 55 gramas para as mulheres e 65 para os homens.

RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES:

1- Não se deite logo após as refeições, para evitar vômitos.

 

2- Beba água, chás, água de coco ou bebidas isotônicas (caso não seja hipertenso) aos goles, nos intervalos das refeições para prevenir cálculos (pedras) nos rins e vesícula biliar e desidratação.

 

3- Não beba líquidos durante as refeições. As bebidas farão você se sentir cheio, antes de ter consumido alimento suficiente.

 

4- Tome o suplemento multivitamínico e multimineral recomendado pelo médico para evitar deficiência.

 

5- Adoce todos os líquidos com adoçante e beba-os lentamente.

 

6- Siga uma dieta equilibrada, mesmo que pobre em calorias, nesta fase procure incluir todos os grupos de alimentos conforme a freqüência diária a seguir:

Dieta Líquida Hipocalórica após a cirurgia Bariátrica

 

RECOMENDAÇÕES

 

Lembrar que o seu novo estômago está pequeno e cabem apenas 20mL, ou seja, meio copo de plástico de tomar café. Logo, recomenda-se sempre utilizá-lo como medida.

 

O novo estômago está em fase de cicatrização. Portanto, deve-se ingerir sempre meio copinho de café, de 5 em 5 minutos no mínimo, em três goles cada meio copinho, devendo chegar em torno de 1,5 a 2 litros de líquidos ao dia. 

 

Desta maneira evita-se a desidratação e, consequentemente, a formação de cálculos (“pedras ou areia”) nos rins. Se a urina estiver muito amarela (concentrada) e se você estiver urinando pouco, é porque a ingestão de líquidos está insuficiente.

 

LEMBRE-SE:

O consumo de líquidos com açúcar pode ocasionar sintomas como: fraqueza, sudorese, palpitações, taquicardia, rubor, dispnéia (falta de ar), sonolência, desmaios, náuseas, vômitos, dores abdominais e diarréia – Síndrome de Dumping.

Dieta após balão intragástrico 

 

 

A dieta diária para quem coloca o balão intragástrico varia de 850 a 1200 calorias. 

 

Não é possível quantificar somente uma refeição, pois vai depender da forma como o paciente consegue ingerir. O importante é que a pessoa hidrate-se ao longo do dia.

 

O paciente mantém uma dieta líquida nos primeiro 10 dias após a colocação do balão. Nessa fase só é permitido tomar isotônicos, água de coco, picolé de frutas e chás. 

 

Após este período, são acrescentados alimentos mais cremosos, como sopas. Depois de 15 a 20 dias, o paciente começa a ingerir alimentos sólidos, mas numa quantidade muito pequena.

 

* Sua alimentação será apenas de dieta líquida não calórica. 

* Se quiser adoçá-los, uso somente adoçante. 

* Os alimentos calóricos (pudins, sundaes, milk shakes, leite condensado, sorvetes e etc) poderão lhe causar diarréia, tontura, mal estar, queda de pressão, além de impedir a perda de peso. Não usá-los em hipótese alguma! 

* Tome pelo menos 02 litros de líquidos por dia, ingerindo 20 ml de líquido de 05 em 05 minutos, enquanto estiver acordado. 

* Alimente-se sempre em pequenos goles e lentamente, evitando engasgos ou vômitos.

* Não faça esforços físicos nos primeiros 07 dias. 

* Caminhadas leves, de curta distância, progredindo lentamente, poderão ser feitas a partir do 2º dia. 

* Para onde você for, leve sempre uma garrafa com líquido. 

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