Doença do Refluxo Gastroesofágico
O que é Doença do Refluxo Gastroesofágico ?
O Refluxo gastroesofágico é uma das doenças mais comuns do aparelho digestivo. Nas pessoas normais, o conteúdo do estômago (comida ou acido clorídrico) não volta ou reflui para o esôfago com frequência. Entretanto, nas pessoas com doença do refluxo, o ácido ou a comida do estômago pode voltar para o esôfago ou mesmo para a garganta e boca.
Estima-se que cerca de 12% da população brasileira tenha doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e 5% das pessoas apresentam sintomas diários dessa enfermidade.
Quando o ácido volta para o esôfago ou garganta ele pode causar vários sintomas ou problemas nestas estruturas, como:
• Queimadura no esôfago ou no peito (azia, pirose ou esofagite) e dificuldade para engolir medicamentos;
• Refluxo de ácido ou comida para o peito ou garganta;
• Queimadura na garganta; tosse; garganta irritada; coceira na garganta; rouquidão (laringite);
• Asma brônquica ou bronquite;
• Sangramento e anemia.
Causas
São duas as causas do refluxo: incompetência (enfraquecimento) do esfíncter esofágico inferior (válvula) e hérnia de hiato. A causa desse enfraquecimento ainda não foi completamente esclarecida.
Para chegar até o estômago, o esôfago passa através de uma abertura no diafragma (músculo que separa o tórax do abdome). Quando esta abertura é grande, parte do estômago sobe para dentro do tórax, formando a hérnia de hiato. Esta hérnia enfraquece a válvula e aumenta o refluxo.
Evolução
A evolução desta doença depende de vários fatores. De modo geral, a doença do refluxo tende a piorar com o tempo, principalmente se o paciente ganhar peso e não seguir as orientações do tratamento fornecidas pelo seu médico.
Pacientes com doença inicial e sintomas ocasionais poderão ficar assintomáticos por tempo prolongado se seguirem o tratamento adequadamente. os pacientes que não tratam a doença adequadamente podem apresentar complicações, como úlcera, sangramento e estenose (estreitamento) do esôfago, algumas das quais graves.
Em poucos casos, a inflamação crônica pode facilitar o aparecimento do esôfago de Barret (alteração na mucosa ou revestimento do esôfago), que predispõe ao câncer de esôfago.
Diagnóstico
O diagnóstico é da doença do refluxo é baseado nos sintomas do paciente, mas sempre deve ser confirmado com a realização de exames. Um dos primeiros exames solicitados é a endoscopia digestiva alta. Outros exames, como radiografia, pHmetria e manometria do esôfago e laringoscopia também podem ser importantes em alguns casos.
Sintomas
• Azia (queimação atras do peito)
• Sensação de regurgitação alimentar
• Dor atrás do peito
• Ânsia e/ou vômitos
• Dificuldades para comer
Tosse crônica, asma, rouquidão, pigarro, queimação na garganta (laringite), dor de ouvido, sinusite crônica, aftas na boca e mau-hálito são sintomas atípicos.
Tratamento
O Tratamento adequado da doença do refluxo é importante para evitar prejuízos graves para à sua saúde. Se você não fizer o tratamento corretamente, além de poder apresentar sintomas desagradáveis que pioram sua qualidade de vida, você poderá ter complicações graves com o tempo.
O tratamento pode ser clínico, por endoscopia ou por cirurgia.
Tratamento Clínico
O tratamento clínico consiste do uso de medicamentos e de alterações no hábito alimentar e de outros aspectos do estilo de vida.
1. Medicamentos
Atualmente existem várias medicações potentes que reduzem acentuadamente a produção de ácido no estômago e consequentemente diminui o refluxo de ácido para o esôfago. Os principais medicamentos usados no tratamento do refluxo são omeprazol, lansoprazol, pantoprazol, rabeprazol e esomeprazol.
Apesar de geralmente não curarem o paciente, estes medicamentos são capazes de aliviar os sintomas durante o período em que o paciente estiver em tratamento.
Entretanto, quando os medicamentos são suspensos, os sintomas geralmente voltam.
2. Alimentos que devem ser evitados
Os alimentos mencionados a seguir podem aumentar a produção de ácido no estômago ou relaxar (dilatar) a cárdia (válvula entre o esôfago e o estômago), permitindo que ocorra refluxo de ácido ou alimentos do estômago para o esôfago.
Estes alimentos devem ser evitados:
3. Evite bebidas alcoólicas e fumo
4. Eleve a cabeceira da cama
O refluxo ocorre com mais facilidade ao deitar, porque nesta posição o corpo fica na horizontal, permitindo que o ácido reflua (volte) mais facilmente do estômago para o esôfago. Ao elevar-se a cabaceira da cama 10 a 15 cm, o refluxo diminui consideravelmente. A maneira mais fácil de elevar a cabeceira da cama é colocar dois tijolos no pé da cabeceira da cama. O uso de travesseiros é ineficaz, pois só eleva a cabeça do paciente, mas o corpo permanece na horizontal.
5. Não deite após as refeições
Espere pelo menos 2 horas para deitar. Assim, o estômago ficará vazio e a possibilidade de refluxo será menor.
6. Evite a ingestão de grande quantidade de alimentos de uma única vez
Prefira várias refeições pequenas por dia.
7. Reduza o peso
Caso você esteja acima do peso normal, emagrecer ajuda a diminuir os sintomas.
O melhor método para confirmar o diagnóstico de pedra na vesícula é a ultrassonografia ou ecografia do abdome.
Tratamento Endoscópico - STRETTA
Parte dos pacientes não melhoram totalmente, mesmo com o tratamento clínico. O uso de medicações a longo prazo, podem estar associadas com algumas doenças e, portanto alguns pacientes preferem evitar, ou pacientes que não querem ser submetidos ao tratamento cirúrgico ou apresentam riscos para uma cirurgia o tratamento endoscópico está indicado. Ou ainda pacientes que ja se submeteram a cirurgia de refluxo e apresentam novamente sintomas ou refluxo pós-operatório de cirurgia bariátrica.
O que é Stretta?
Stretta é um procedimento minimamente invasivo, sem cirurgia, realizado de forma ambulatorial que trata a causa subjacente da DRGE - um músculo fraco entre o estômago e o esôfago.
Stretta tem demonstrado:
- Reduzir significativamente os sintomas da DRGE.
- Eliminar ou diminuir a ingestão de medicamentos.
- Diminuir a exposição ácida.
- Melhorar a qualidade de vida.
Como é realizado ?
- Procedimento ambulatorial.
- Menos de 60 minutos.
- Sedação consciente ou anestesia geral.
- Realizado por endoscopia.
- O dispositivo Stretta é de uso único, introduzido transoralmente, como uma endoscopia.
- As pontas no final do dispositivo fornecem baixos níveis de energia de radiofrequência no músculo entre o estômago e o esôfago
O tratamento é administrado ao longo de vários níveis do esôfago.
A energia de Radiofrequência estimula o crescimento do músculo ao longo do tempo, assim o objetivo é criar um músculo mais espesso, afim de melhorar a função de barreira e prevenir todos os tipos de refluxos (ácido, bile, etc.).
Recuperação pós procedimento
Quando cessar a sedação, você receberá alta e poderá ser levado para casa, nesse dia o paciente deve permanecer em repouso em sua residência e sem realizar atividades que necessitam de muita atenção, devido as medicações sedativas, que permitem que o procedimento seja realizado de forma segura e sem dor.
Um sintoma comum é um desconforto ou dor leve na garganta, que analgésicos podem oferecer conforto.
O paciente não deve esperar ausência de sintomas de forma imediata, isto ocorre de forma gradual e varia de um paciente para outro.
Na maior parte dos casos os pacientes relatam melhora dos sintomas entre o 2 - 4 mês, mas este tempo pode ser maior, inclusive chegando a 12 meses.
Seguir as orientações médicas é fundamental para o sucesso do tratamento.
Contra-indicações
- Pacientes que não possuem o diagnóstico de doença do refluxo.
- Gravidez.
- Hérnia hiatal maior que 2 cm.
- Acalásia ou incompleto relaxamento do esfíncter esofagiano inferior.
- Pacientes graves e com restrita expectativa de vida.
Complicações
As complicações com o uso do sistema STRETTA são raras e entre as principais cita-se:
- Dor ou dificuldade de deglutição nos primeiros dias de procedimento.
- Dor torácia ou desconforto epigástrico
- Pequenos sangramentos pós procedimentos.
- Disfagia transitoria
- Febre
- Outras complicações como vômitos, perfuração, dispnéia, infecções são raras.
Orientações pós-STRETTA
A recuperação da operação é geralmente muito rápida e o retorno as atividades habituais pode ocorrer no dia seguinte
As orientações abaixo devem ser seguidas pra que você tenha pouco desconforto e sua recuperação ocorra sem intercorrências.
1. Dieta deve ser líquida completa nas primeiras 24 horas e após durante 14 dias, dieta pastosa. Se você tiver náuseas e vômitos, ingira somente líquidos em pequenas quantidades de cada vez. Estes sintomas geralmente desaparecem em 1 ou 2 dias, após o organismo eliminar os medicamentos recebidos no hospital. Se as náuseas e vômitos persistirem após este período, procure seu médico.
2. As medicações que controlam a secreção ácida devem ser continuadas, pois sua retirada deve ser de forma gradual.
3. A orientação de medicações é individualizada e iremos fornecer nas consultas médicas.
4. Usar medicações líquidas ou fragmentar os comprimidos de uso diário.
5. Evitar o uso de antiinflamatórios nos 14 dias após o procedimento.
6. Não deve ser realizada endoscopia digestiva alta nos próximos 30 dias, exceto se em alguma condição especial.
7. Se tiver febre dor torácica, náuseas, vômitos, dificuldade respiratória ou respirações curtas, dor abdominal e taquicardia entre em contato com seu médico.
Tratamento Cirúrgico
O seu médico poderá ajudá-lo a decidir se a operação é a melhor opção para você. Esta decisão deverá ser tomada após considerar alguns dados, como: há quanto tempo você tem a doença; a intensidade dos sintomas e da doença; sua idade’sua resposta ao tratamento clínico; se você tem outras doenças que podem aumentar o risco da sua operação; e sua preferência quanto a tomar medicação continuadamente ou ser submetido a um procedimento cirúrgico que elimina a doença definitivamente.
A operação é realizada com anestesia geral e consiste na correção da hérnia de hiato (fechamento da abertura exagerada do diafragma com alguns pontos) e confecção de uma válvula para eliminar o refluxo. A válvula é feita com os tecidos do próprio organismo.
Não é colocado nenhum material estranho. A válvula é confeccionada de maneira muito simples: a parte final do esôfago é completamente envolvida pelo estômago, de modo a comprimir o esôfago e impedir o refluxo.
Esta operação pode facilmente ser realizada por via laparoscópica na maioria dos pacientes (“operação dos furinhos”). Inicialmente é injetado gás (gás carbônico) dentro do abdome para criar um espaço, onde o cirurgião poderá fazer a operação com segurança. Após a realização de 5 ou 6 furinhos de meio a um centímetro, uma câmera de televisão pequena é colocada dentro do abdome através de um dos furinhos para que o cirurgião e sua equipe possam visualizar todo abdome em uma televisão. Os instrumentos (pinças, tesouras, material de sutura, etc) são colocados através dos outros furinhos para realizar a operação.
Fechamento do diafragma com pontos para impedir que o estômago suba para o tórax.
Confecção de uma válvula que impede o refluxo do ácido do estômago para o esôfago. A válvula consiste em fazer com que o estômago envolva completamente o final do esôfago.
Vantagens do Tratamento Cirúrgico
São várias as vantagens da operação:
• Recuperação rápida do paciente. A maioria dos pacientes fica internada no hospital somente 1 dia e pode retornar ao trabalho e a realizar todas atividades, que não necessitem erguer muito peso, em 1 ou 2 semanas.
• Resolução completa e definitiva da doença em 90 - 95 % dos pacientes.
• Pouca dor pós-operatória
•Cicatriz cirúrgica mínima
• Risco de infecção pequeno
Apesar dos resultados do tratamento cirúrgico serem excelentes, alguns pacientes podem ter complicações, como em qualquer procedimento cirúrgico. As complicações mais comuns são dificuldade para engolir por tempo prolongado, excesso de gases, lesão de vísceras, infecção e necessidade de fazer uma incisão (corte) maior no seu abdome para realizar a operação.
Orientações médicas após a Cirurgia do Refluxo Gastroesofágico
A cirurgia videolaparoscópica para correção da Doença do Refluxo Gastroesofágico é realizada em ambiente hospitalar, sob anestesia geral. No pós-operatório freqüentemente a dor na parede abdominal não é intensa e pode ser controlada por analgésicos orais; no entanto os sintomas que mais incomodam são uma opressão e espasmo atrás do peito principalmente com a respiração profunda, ou mesmo dor nos ombros de intensidade variável; se vier apresentar vômitos ou muita dor no tórax é conveniente comunicar o médico.
Esta operação causa dificuldade temporária na deglutição, isto é dificuldade para engolir os alimentos. A duração desta dificuldade é variável, geralmente de poucas semanas. As orientações a seguir devem ser seguidas para que esta dificuldade de deglutição cause pouco desconforto e sua recuperação ocorra sem intercorrências. A recuperação da operação é geralmente muito rápida e a maioria dos pacientes volta as suas atividades normais em poucos dias. As orientações abaixo devem ser seguidas pra que você tenha pouco desconforto e sua recuperação ocorra sem intercorrências.
1. Tome somente líquido nos primeiros dias. faça a progressão da dieta conforme orientações abaixo. Qualquer alimento que possa ser preparado no liquidificador ou que derreta na boca, como gelatina, pudim, bala, chocolate, poderá ser ingerido. Sucos de frutas, mesmo ácidos, ou mesmo bebidas alcoólicas, são permitidos.
2. Quando você estiver ingerindo líquidos bem e rapidamente, poderá progredir para ingestão de alimentos pastosos e após para sólidos. A carne deve ser o último alimento a ser ingerido, por ser de difícil passagem do esôfago para o estômago.
3. Evite bebida com gás, como refrigerantes, cerveja e água mineral com gás nos primeiros meses. Mesmo sem ingerir bebida com gás, é comum que o paciente tenha excesso de gás no estômago ou na barriga. O excesso de gás é devido à dificuldade do paciente arrotar nas primeiras semanas ou mesmo meses.
4. Coma e beba bem devagar, em pequenas quantidades (bocados ou goles), pois a ingestão rápida poderá provocar desconforto ou mesmo dor no peito. Esta sensação é devido às alterações nas contrações do esôfago (movimentos do esôfago que empurram o alimento da boca para o estômago)
5. É comum que o paciente tenha a impressão de que o seu estômago ficou menor. Esta sensação é temporária e geralmente dura poucas semanas, A dificuldade para engolir, associada a esta sensação de redução do tamanho do estômago faz com que a maioria dos pacientes perca peso. A quantidade de perda de peso é variável, 3 a 7 kg em média.
6. É comum apresentar soluço. Não se preocupe. Ele desaparece em poucas horas ou dias. O soluço geralmente ocorre após a ingestão rápida de alimentos, principalmente se forem muito gelados ou quentes.
7. Dor no ombro é frequente após este tipo de operação. Esta dor é consequente à irritação de um nervo que fica entre o abdome e o torax. Ela não se deve a torção ou mal jeito no ombro. A dor no ombro geralmente desaparece em poucas horas ou dias. Se ela for intensa, tome o analgésico (remédio para dor) prescrito pelo seu médico.
8. Os cortes ou furinhos serão fechados com pontos e cobertos com curativo (micropore). é Comum que ocorra hematoma (“azulado” ou “roxo”) ou pequenos sangramentos. Isto é normal. Não se preocupe. Não retire o micropore, a menos que o seu médico o oriente neste sentido. Pode tomar banho completo e molhar o micropore. Seque o abdome normalmente com toalha, sem necessidade de cuidados especiais com os cortes. Entretanto, se o corte tiver aparência de infecção (vermelho, com secreção de pus ou com cheiro forte), contate seu médico.
9. Respire fundo 3 vezes a cada hora para expandir melhor o seu pulmão e evitar complicações como febre e pneumonia.
10. Evite ficar muito tempo deitado ou sentado. Procure andar várias vezes ao dia. Pode andar e subir escada. Não tem perigo. Assim que você tiver se movimentando rapidamente e com pouca dor, poderá dirigir. Você poderá erguer até 10 kg no primeiro mês de pós-operatório e até 20 kg entre o primeiro e terceiro mês. Após este período você não tem mais limitações para erguer peso.
Orientações Nutricionais Pós-operatórias.
Estas orientações tem por objetivo informar como você deve proceder em relação a sua alimentação e aos cuidados pós-cirúrgico, para obter o máximo de benefícios em sua cirurgia.
Na cirurgia realiza-se o fechamento do músculo diafragmático que está aberto e o envolvimento do esôfago com o fundo do estômago, formando uma nova válvula. Este procedimento ocasiona inicialmente dificuldades para uma ingestão normal de alimentos, que vai melhorando progressivamente ao longo de duas a três semanas. Desse modo, é muito importante, para seu conforto e para o bom resultado da cirurgia, que algumas medidas de orientações alimentares sejam rigorosamente seguidas.
DURANTE OS PRIMEIROS 7 DIAS – ALIMENTAÇÃO LÍQUIDA:
- Durante os primeiros 7 dias, após a alta hospitalar, a alimentação por via oral deve ser líquida. A dieta líquida deve ser utilizada na primeira fase do pós-operatório.
- Deve-se iniciar com pequenas quantidades (100 ml) de líquidos e sucos que forneçam pouco resíduos e que sejam facilmente absorvidos.
As bebidas permitidas nesta fase são: água, chá com adoçante, água de côco e sucos de frutas naturais com adoçantes dietéticos, Gatorade.
- Evite a ingestão de leite ou iogurte neste período, assim como de qualquer tipo de bebida gasosa (refrigerante, água) e bebida alcoólica.
- Nesta fase, todas as frutas são permitidas desde que sejam ingeridas na forma de suco coado.
- Os legumes e verduras podem ser consumidos na forma de sopas líquidas, com o acréscimo de caldo de carne natural, sem gordura. A sopa (consomé) deve ser ingerida na hora do almoço e jantar, liquidificada e passada na peneira. O volume deve ser equivalente a 200 ml por refeição. A proteína animal (caldo) precisa fazer parte de suas principais refeições (almoço e jantar), pois contribui para o sucesso do seu pós-operatório.
- Neste período, apenas os alimentos líquidos são permitidos. Sendo assim, os caldos de carne (boi, ave ou peixe) devem ser coados duas ou três vezes para evitar a permanência de algum resíduo. Utilizar uma peneira mais grossa.
- Não utilizar nenhum alimento sólido.
- Procure alimentar-se a cada 2,5 a 3,0 horas, apenas com alimentos líquidos. Pode ser acrescentado a alimentação picolé de frutas (sem leite) e gelatinas diet ou light.
APÓS OS PRIMEIROS 7 DIAS – ALIMENTAÇÃO PASTOSA - SÓLIDA
- Apenas alimentos líquidos ou pastosos são permitidos nos primeiros 15 dias. Entretanto, a partir da segunda semana semana, em casa, você poderá introduzir em suas refeições alimentos pastosos.
- Pode ser acrescentado a alimentação: leite desnatado, iogurte líquido sem gordura (light), coalhada feita com leite desnatado.
- Caldos de carnes (bovina, ave e peixe), canjas ou creme de legumes bem cozidos, amassados ou liquidificados são permitidos. Acrescentar em cada refeição uma proteína animal (carne de boi, peixe e ave).
- As frutas também devem ser amassadas e (ou) liquidificadas e passadas na peneira (purê de frutas).
- Pode-se ingerir mingau de leite desnatado com aveia em flocos finos e adoçantes.
- Caso você esteja tolerando o leite de vaca, pode-se acrescentar um suplemento nutricional com baixo teor de gordura. Utilize 2 colheres de sopa de Nutren Active (Nestlé), em 180ml de leite desnatado ou iogurte light fluido.
- No caso de intolerância ao leite de vaca, substitua-o por leite com baixo teor de lactose ou por leite de soja.
As papas infantis (de frutas e legume) industrializados, também podem ser ingeridas.
A INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS SÓLIDOS (a partir dos 7 dias de cirurgia):
- A introdução de alimentos sólidos consiste em uma leve, pobre em gorduras. Pode ser incluído na alimentação: pão light, pão de leite, pão francês, arroz (papa/canja), macarrão (pasta bem cozida), queijos cottage e queijo light, requeijão, vegetais bem cozidos, carnes tenras de ave e peixe, ovo puchê, suco de frutas sem coar e geléia diet.
- Mastigue cada bocado até que os alimentos fiquem com uma consistência de papa de bebê. Lembre-se, a digestão inicia-se na boca, com a trituração dos alimentos. Quanto mais mastigado estiver o alimento, melhor será sua digestão e menor será o risco de engasgo.
- Introduza um alimento novo de cada vez, observando a aceitação individual. Prefira os alimentos macios, pobres em gordura, que estejam bem cozidos e com pouco condimento (pimenta, alho, cebola), para serem levados a boca em pequenos pedaços.
- Realize 5 pequenas refeições ao longo do dia. Não pule os horários das refeições, controlando assim o mecanismo de saciedade e evitando crises de hipoglicemias (tonturas, tremores, etc.).
- Alimente-se a cada 3 horas.
- Pare de comer assim que estiver satisfeito (sensação de estômago cheio).
- Procure não ingerir líquidos durante as refeições, pois pode dificultar a sua digestão. Não beba nada 30 minutos antes ou 1 hora após as refeições (almoço e jantar).
- Procure consumir alimentos frescos como vegetais cozidas, frutas, carnes tenras e cereais cozidos. Cuidado com a gordura.
- Prefira os alimentos macios preparados no forno, vapor cozidos e não fritos (não adicionar cremes, molhos gordurosos, maionese, manteiga).
- Escolher cortes magros de carnes e retirar a pele do frango antes de cozinhá-lo. Utilizar leite desnatado e derivado do leite (queijo, iogurte, requeijão) light em vez de integrais.
- Procure ingerir líquidos (1,5 a 2,0 litros), água, água de coco, chá e sucos de frutas com adoçante, durante o dia (fora das refeições). Evite bebidas gaseificadas (refrigerante água).
- Evite comidas/preparações suaves, porém de alto valor calórico (alto teor de gordura e açúcar) tais como: sorvete a base de leite e gordura, chocolate, queijos amarelos, biscoitos doces ou alimentos que esmigalham facilmente – biscoitos, rosquinhas, etc. Utilize o mínimo de açúcar possível.
LEMBRE-SE:
Este site foi desenvolvido para oferecer um melhor entendimento e tirar algumas dúvidas sobre os tratamentos realizados pelos profissionais da Clínica Cirúrgica Chapecó.
Tem por objetivo orientar todos os pacientes que irão se submeter aos tratamentos, e com isto, ajudar com que o período de preparo, realização do procedimento ou tratamento, pós-operatório hospitalar ou na clínica e em casa seja o mais breve para a recuperação plena do paciente.
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